quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Paternidade no Século XXI

O que de fato é Paternidade?


Para alguns é apenas gerar o filho!
Para outros é simplesmente o sustentar debaixo de um teto, e dar-lhe a formação básica!
Para outros ainda paternidade não significa nada!


E para você o que é paternidade?


Bom, ao me fazer esta pergunta, lembro-me de toda a minha infância, de conhecer meu Pai muito pouco, de perdê-lo ainda muito cedo, de crescer com meus irmãos, meus primos, tios e avós. Lembro de ser criança, da educação, dos castigos, das peraltices de criança, quando deixava minha avó louca de preocupação nos chamando pela rua onde morávamos.


Lembrando e refletindo sobre toda a minha infância e adolescência, penso que ser Pai no século XXI é uma tarefa ainda mais difícil e complicada do que quando meu avô se tornou Pai. Na pratica e no convívio da sociedade a tempos atrás a paternidade era uma carga que pesava também sobre a mãe. O Pai tinha seu papel em tempos e fases determinadas, na escolha da profissão, no time de futebol, nos assuntos sobre Carros, etc...


Hoje se faz necessário uma paternidade ativa e muito mais afetiva do que nunca. Graças a Deus muitos Pais assim como eu e o número vem crescendo a cada dia, querem participar ativamente desta tarefa. E isso é muito importante tanto para a mãe, que nestes 9 ou quase 10 meses passa por mudanças 1000, física e psicologicamente, e a presença do Pai é acima de tudo a cumplicidade do casal perante o filho que chega, mais é também para a mãe a sua segurança de que tem realmente um pai para seu filho e um marido com que contar nas horas que mais precisar.


Fisicamente o Homem tem todas as desvantagens possíveis de se imaginar e isso eu imagino que salvo as devidas dores e sofrimentos, é algo maravilhoso, sentir ali dentro um filho, se mexendo e deixando externar na mãe toda a euforia e alegria de gerar uma vida.



Durante os meses de gestação, o feto ouve a voz paterna e percebe a influência que exerce em sua mãe, através dos batimentos cardíacos, produção hormonal e corrente sangüínea. Tudo quanto afeta positiva e negativamente sua mãe, afeta-o também e as questões conjugais entram em jogo com um grande peso, já que são as que mais atingem emocionalmente a gestante.

A voz paterna é tão importante para a criança que se o pai se comunicar com ela ainda in útero, a criança é capaz de reconhecê-la e de reagir, logo ao nascer. Assim, se por qualquer obstáculo mãe e bebê são separados após o nascimento, e se a mãe estiver impossibilitada de acompanhar sua recuperação, o pai deve assumir e estabelecer contato com ele para que não perca seus referenciais intra-uterinos, podendo sentir-se novamente em segurança.

O modo como o homem vivencia a gravidez é diferente da mulher. Mesmo as emoções, apesar de as mesmas, também são vivenciadas diferentemente. E é por isso que as gestantes não compreendem e até se ressentem quando seus parceiros não se manifestam com a intensidade esperada, inclusive quando a gravidez foi planejada e desejada por eles.


Em primeiro lugar, porque desejar um filho é completamente diferente de se projetar como pai. E isto é válido também para a mulher. Enquanto o desejo de um filho situa-se no plano da fantasia, onde todas as expectativas são idealizadas, projetar-se como pai remete-o à realidade das responsabilidades que deverão ser assumidas e pelas quais também se percebe inseguro e despreparado.


Em segundo lugar, porque também se encontra em estado regressivo, quando os conflitos infantis, conscientes e inconscientes, são reatualizados, principalmente no tocante à relação com os pais de origem, em especial, com a figura paterna.


É muito importante que o novo Pai tenha em mente, e se exercite dia após dia sobre que tipo de pai quer ser, estabelecer os laços desde o inicio da gravidez é essencial tanto para o Pai quanto para a Mãe e muito mais para o Bebê.



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